a câmara de lisboa e as redes sociais

A relação das instituições e prestadores de serviços com as redes sociais ainda está numa (longa) fase de descoberta, mas existe um erro básico que a maioria continua a cometer: Ignoram os seus utilizadores.
No tempo dos correios (eles bem tentam modernizar-se, fónix) poucas pessoas se davam ao trabalho de escrever uma carta quer fosse para tirar uma dúvida ou para reclamar. Mas quando lá aparecia, como eram poucas, lá havia uma possibilidade de ter resposta.
Já com o email, as coisas ficaram mais complicadas. É tão fácil mandar um email, que muitas delas ficaram um pouco inundadas (tal seria a qualidade do serviço) e poucos são os emails que acabam por ter resposta. Mas com um bocado de sorte, se o email for com CC de mais alguém, existe um pouco de vergonha na cara e aquilo lá se resolve.
Agora nas redes sociais as coisas são ligeiramente diferentes. Ao contrário do email, as redes ainda não são uma ferramenta de trabalho obrigatória, mas apesar disso, muitos sentem-se pressionados para estarem presentes, pois é sinal de modernidade e abertura. Para além disso, não custa nada – pensam eles. É só abrir uma conta, colocar lá uns quantos press releases e estamos safos.
Todos querem marcar presença nas redes, mas ninguém quer obedecer aos seus códigos de conduta. As redes sociais servem para interagir, para conviver. São sociais. É simples. Se querem estar presentes, tem que dar respostas. Tem que saber ouvir.
E como toda a gente adora listas, aqui vai uma.
Estar nas redes sociais e não dar respostas é…

  1. 1. É como convocar uma conferência de imprensa e não haver direito a perguntas.
  2. 2. É como estar no café com os amigos, falar, falar, falar e não ouvir o que eles estão a dizer.
  3. 3. É como dar o número de telefone a toda a gente e não atender ninguém.
  4. 4. É como mandar 1000 sms e não responder a nenhum.
  5. 5. É como ter um rádiozinho a pilhas. Posso tentar falar com ele, mas ele não me responde.

E onde é que entra a Câmara de Lisboa nesta história?
A Câmara de Lisboa está presente nas redes sociais, através do Facebook e do Twitter (@CamaraLisboa). Já lhes enviei duas mensagens via Twitter (1, 2) e Facebook e a resposta que obtive foi… nenhuma. Tanto um como o outro continuam a debitar press releases.

P.S.: Claro que a Câmara de Lisboa não está sozinha nisto, vai muito bem acompanhada até. Pelos Cidadãos por Lisboa, pelo Rui Rio, pela Elisa Ferreira, por Lisboa com Sentido,…

mude

Hoje fui dar uma vista de olhos no novo museu de Design e Moda na Baixa de Lisboa, o MUDE e admito que não fiquei particularmente convencido com o que vi.


A exposição no r/c não surpreende, até porque algumas peças já tinham sido vistas no CCB, e o espaço também não é particularmente generoso.
No 1º andar a exposição actual acerca de posters políticos é bastante interessante e vem mesmo a propósito deste ano eleitoral. Faz pensar nos cartazes que já vimos este ano para as eleições europeias. Nenhum dos partidos quer ser de esquerda ou de direita, e o resultado são cartazes genéricos o suficiente para abranger toda a gente.


“Voltando” ao museu, estou curioso para ver qual o caminho que vai tomar. Espero que não se transforme num museu apenas para turistas e que pelo menos as exposições temporárias sejam interessantes.
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Today I’ve visited the new Design and Fashion Musem in Lisbon’s downtown. The museum is called MUDE wich also means “change” in portuguese. The museum is still in construction but they decided to present the exhibitions anyway, wich gives the museum a cool suburban look, although you’re in the middle of a 18th century area.


They seem to have a permanent exhibition with important design pieces on the ground floor. The exhibition is not particularly brilliant, but has some interesting objects.


On the first floor there’s a very interesting temporary exhibition about political posters, from Lenine to Obama, from Che Guevara to Salazar, Berlusconi, Reagan… that makes you think, where did all the creativity go? Even in the Obama campaign, as you can see here.


Looking forward to see it finished.

MUSIC IN THE STREET

Recording a concert
A few hours ago I was passing through Rua do Alecrim, when I started noticing some music in the air. The music was coming from Rua de São Paulo, a street that goes under Rua do Alecrim. A band was playing on the street, and they were recording the concert for a music clip or something. Didn’t quite understood who they were.
I’ll tell you as soon as I find out.